11 de junho de 2015

Arroz de Pato

Alegria e barriga cheia são os imperativos desta noite.
Como poderão alguns de vós, caros leitores, ter visto na minha página pessoal de facebook, hoje deixo-vos, como prometido, uma receita bem portuguesa, uma refeição reconfortante que, apenas acompanhada com um copinho de maduro branco, e dito por Camille "os sonhos dos amantes são como o bom vinho", e uma salada de alface e rúcula, enche as medidas até dos mais esfomeados.
De uma maneira cómica, sentindo-me eu com uma felicidade tremenda por estar na companhia de dois amigos na merecida privacidade de minha casa, admito-vos que, apesar das mensagens deste blogue poderem ser intemporais, esta publicação é realmente de hoje e, por isso, julgo eu ser algo, de alguma forma, bastante burlesco.

- 1 pernil fumado;
- 1 pato inteiro;
- 1 cebola grande;
- 4 dentes de alho;
- 3 folhas de louro;
- 2 cenouras grandes;
- 3 raminhos de tomilho;
- 1 molho generoso de salsa;
- sal;
- 800g de arroz;
- 2 chouriços de colorau.

Este prato, uma vez mais uma receita de família, deve receber toda a dedicação da vossa parte, dizendo eu isto como advertência a quem queira confeccionar esta receita num dia de pressa. Uma observação que entretanto julguei pertinente fazer é em relação à bela cor clara do arroz: este não é aquele escuro, pesado, que leva aipo e em que o pato passa por um processo de caramelização, mas sim um arrozinho leve, alvo e com todo o sabor original das carnes, as verdadeiras protagonistas.

Comecem por demolhar o pernil em água, durante mais ou menos vinte e quatro horas. Este processo serve para retirar o excesso de sal e gordura acumulada na pele.
No dia em que o pernil estiver pronto, coloquem-no numa panela de pressão, juntamente com o pato cortado em quatro partes, a cebola, os alhos, o louro, as cenouras descascadas e cortadas grosseiramente, o tomilho, a salsa e apenas um pouco de sal.
Deixem cozer durante, aproximadamente, uma hora e, quando as carnes estiverem completamente cozidas, neste caso deverão estar a descolar-se facilmente dos ossos, tirem-nas, reservem o caldo onde estiveram a cozer, deixem-nas arrefecer e comecem a desfiar, separando o que vos interessa, a carne boa.
No maravilhoso e aromatizado caldo onde cozeram as carnes, cozam o arroz também. Não obstante, antes disso, coem o caldo. Para a quantidade de arroz que vos indiquei, pre-façam exactamente o dobro da quantidade em caldo, onde o cozerão até ficar no ponto.

Carnes e arroz prontos, é hora de montar tudo!
Num pírex, ou numa travessa à vossa moda, coloquem, à semelhança de um empadão, uma camada de arroz no fundo, seguida por uma da mistura das carnes de pato e pernil e, para finalizar, uma camada exterior de arroz, decorada com rodelas de um bom chouriço de colorau.
A 200º C num forno pré-aquecido, coloquem o sumptuoso arroz de pato até o chouriço alourar, para a seguir o comerem com toda a vontade do mundo, nesta refeição bem portuguesa que é uma misto de crocância, sabores fumados e caseiros.

   

3 comentários:

  1. Este arroz de pato tem um aspecto...
    O que nós fazemos aqui é mais escurinho mas este tem um aspecto mais limpo e delicioso. Experimente por-lhe queijo por cima fica óptimo!

    ResponderEliminar
  2. Que maravilha! Nunca soube fazer arroz de pato de que tanto gosto! O meu filho faz muito bem o arroz, mas eu nunca lhe perguntei como ele o faz. Esta receita... não a acho tão difícil assim! Logo que possa vou experimentar. Obrigada! Bjs

    ResponderEliminar

O autor deste blogue agradece a todos pela sua interacção nesta "casa".